O Propósito do Homem | Criado para adorar
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21 de julho de 2020
Nessa quarta-feira passada tivemos o primeiro “encontro de músicos” na minha igreja desde que cheguei há 15 meses atrás. Todos os cantores e instrumentistas diferentes que servem em nossos cultos matutinos e/ou vespertinos foram convidados, para algo que espero que seja o primeiro de uma série regular ou mensal de encontros visando a construção da comunidade, apresentação da visão, encorajamento e a formação de uma cultura de louvor.
Após muito barulho mastigando cookies, salgadinhos e salsa (a combinação noturna de lanches dos campeões), um vibrante jogo de charadas de músicas de louvor e um momento em que cantamos, compartilhei o motivo pelo qual estávamos nos reunindo daquela forma. Definitivamente, não é porque todos nós precisamos de mais encontros, ou mais coisas para fazer, ou mais obrigações. Estamos nos reunindo como líderes de louvor (uso intencionalmente esse termo de forma ampla para incluir todos que têm um papel musical, de liderança ou no áudio em um culto) para que nos tornemos um corpo.
Pela minha experiência com grupos de louvor (seja como um membro ou como líder de um grupo), e por minhas observações da paisagem da liderança de louvor atualmente, parece que há quatro tipos diferentes de grupos de louvor. Quatro maneiras de fazer isso. Quatro abordagens de como estruturar, ver e liderar um grupo.
O primeiro tipo de grupo de louvor é aquele que apenas preenche espaços.
Precisa de um guitarrista? Tom é o guitarrista. Precisa de outro? Ah, agora você tem Frank como guitarrista adicional. E, nesse mês, você precisa encontrar outro cantor ou cantora para preencher um espaço.Vamos pedir para que a Sally preencha essa vaga. E quanto ao baterista do terceiro final de semana do mês? Esse é o espaço do Brian. Ele será o baterista.
Nesse tipo de grupo de louvor, os membros são nomes do Centro de Planejamento, sua contribuição é apenas preencher espaços musicais, e o trabalho do líder de louvor é preencher todos os espaços para que ele tenha o que precisa. Se o Tom decide deixar a igreja, ninguém da equipe realmente se importa ou sabe disso, pois você apenas troca-o pelo Andy. Ou, se seu baterista Brian quebra o braço e não pode tocar bateria, o grupo não está preocupado de verdade com o Brian, mas preocupado em conseguir outro baterista para preencher o espaço do Brian.
Ninguém está sendo particularmente edificado, ou conectado, ou encorajado, ou cuidado. Todos são um nome em uma agenda.
O segundo tipo de grupo de louvor é uma banda.
Você escolhe um nome. Tem um vocalista. Tem um vocal de apoio. Você tem membros que parecem bem zangados. Você faz tours. Você grava. Você faz as performances. Você faz sessões de fotos. Você é legal.
Nesse tipo de grupo de louvor, os membros são mini celebridades e o líder de louvor é a celebridade principal, que fica à frente do resto da banda na sessão de fotos. Quando músicos novos ou com menos habilidade se juntam a sua igreja, a única esperança deles se envolverem na banda é se eles atingirem esse alto nível de algum modo e vestirem os tipos certos de roupas.
É difícil para o músico médio ser parte desse tipo de grupo de louvor. E é um desafio manter o grupo a longo prazo, pois há membros que o deixam, ou o orçamento diminui muito, ou uma década se passa e os modismos musicais passam por você.
O terceiro tipo de grupo de louvor é um sistema de castas ou escalões.
Há os altos escalões: tocar e/ou cantar nos cultos de Domingo. Há os escalões médios: ministério de jovens, retiros, jovens adultos. E, há os escalões inferiores: ministério de crianças, terceira idade, ou grupos familiares.
Nesse tipo de grupo de louvor, os membros estão sempre tentando chegar ao topo. Mesmo que para isso tenham que derrubar alguém para chegar lá.
Quando um músico mais dotado junta-se à igreja, outros músicos são ameaçados, e têm que proteger seus lugares no escalão. Membros dos escalões inferiores não acreditam que seus dons importam ou são apreciados. E o líder de louvor está constantemente controlando egos, lidando com sentimentos de mágoa, evitando fazer avaliações e colocações de dons honestos no grupo, e potencialmente modelando ou quebrando a identidade de alguém, simplesmente pelo local onde ele coloca cada pessoa na agenda.
Por fim, o quarto tipo de grupo de louvor é um corpo. E Paulo pinta um retrato dele em 1 Coríntios 12.
Para resumir: Em um corpo, há variedades de dons e serviços, mas o mesmo Senhor. Há dons diferentes dados pelo Espírito, mas todos são capacitados por esse mesmo Espírito. É um corpo, com muitos membros. Os membros diferentes (como os pés e as mãos) precisam uns dos outros. Os membros diferentes (como ouvidos e olhos) pertencem uns aos outros. Deus organiza os membros como o agrada. Os membros mais fracos são indispensáveis. A honra é dada uns aos outros. Não há divisão. Quando um membro sofre, todos sofrem. E quando um membro é honrado, todos se regozijam, juntos.
Esse é o tipo de grupo de louvor que eu quero construir!
Porém, em meus 15 primeiros meses em Truro, eu apenas preenchi espaços. Tenho sido o cara novo, observado o local, conhecido pessoas novas, feito audições com pessoas, orientado a mim mesmo, tapado buracos e tentado passar por todos os principais altos e baixos que um ano de ministério contém. E isso foi tudo que pude fazer. Mas esse não é um modelo de ministério a longo prazo.
Não estou interessado (e sei que os músicos da minha igreja também não estão) em apenas preencher espaços. Ou em construir uma banda com uma marca. Ou gerenciar um sistema de castas ou escalões e toda a questão de egos, política e territórios que vem com ele. Isso me soa miserável. Porque é miserável!
Ajudar a construir (e fortalecer) um corpo é o caminho. É um modelo de grupo de louvor que irá perdurar.
Eu gostaria de argumentar que esse é o modelo que irá durar mais, que incluirá o espectro mais amplo de idades/níveis de experiência/níveis de habilidade, que permitirá uma rampa de acesso mais fácil para membros novos e/ou mais fracos, que será mais sustentável para a congregação, que irá durar após a saída de um líder de louvor e a mudança de liderança e que terá a espécie de saúde espiritual e organizacional que irá modelar na plataforma algo lindo, humilde e centrado em Cristo.
Pés, mãos e olhos musicais aleatórios em uma congregação não irão simplesmente se juntar, de forma mágica, na forma de um corpo como um filme estranho de ficção científica. Deus organiza os membros; o Espírito capacita os membros; e bons pastores (e líderes de louvor) ajudam os membros capacitados pelo Espírito e organizados por Deus a funcionarem como um corpo saudável, da maneira que Deus projetou, para a glória de Jesus e a edificação da sua Igreja.
Líderes de louvor: Vamos todos nos comprometer a fazer todo o possível para nutrir uma comunidade de líderes de louvor em nossas igrejas que funcione como um corpo. Não é o caminho mais fácil ou o mais glamoroso, mas é o que produzirá mais frutos.
Por: Jamie Brown. Copyright © 2015 Worthily Magnify. Original: Four Types of Worship Teams
Tradução: Milton Fernandes. Revisão: Filipe Castelo Branco.
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[…] se sua igreja tem um grupo de muitas vozes e não há recursos para comprar muitos microfones de primeira linha, é […]
[…] ouve, aconselha e aparentemente o caso está resolvido, entretanto não sabe se deve contar ao grupo ou reportar ao pastor. Suponha outra situação em que você está passeando no shopping e dá de […]
[…] anos, ou para os cinqüentões, ou para os hipsters urbanos, então entregue a música nas mãos do grupo de louvor. Eles farão um ótimo trabalho. Mas se você deseja uma cultura que seja ricamente […]
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