Estabelecendo um modo de comunicação

modo de comunicação
"Gostaria de incentivá-los a abrir uma discussão dentro deste assunto e juntos buscar como equipe a melhor solução para o cumprimento do chamado de Deus no Ministério".

 

Deus é perfeito e tem um plano maravilhoso para cada um de nós nesta jornada, e com certeza vale a pena buscar viver no centro da vontade do Senhor. Ele cuida de cada detalhe e tem um propósito muito definido para cada vivência e circunstância que Ele mesmo prepara para nós.

Estive no ministério itinerante por aproximadamente dezoito anos, e ao longo destes anos tenho vivido diferentes estações. Em alguns anos viajei basicamente todos os fins de semana ministrando, em outros momentos parei com as viagens por período de seis meses, um ano, enfim, nestes últimos anos tenho viajado pouco e por isso tenho tido a alegria e honra de estar mais presente nas reuniões da minha igreja. Como já citei anteriormente, em toda situação Deus tem um propósito muito claro e definido, e neste tempo tenho aprendido muito observando diferentes ministros da minha igreja em sua condução do louvor e adoração com a igreja. Essa experiência tem me proporcionado um grande aprendizado e me acrescentado muito como ministro de louvor.

Nos artigos anteriores, procurei tratar de alguns assuntos que considero fundamentais em relação ao Ministério de Louvor, tais como: Ministério (serviço), o Ministro (servo), a identidade do Ministro (sacerdote da nova aliança). Hoje eu gostaria de compartilhar a respeito de algumas questões bem práticas, para que possamos pensar juntos e avaliar se estamos de fato servindo à Deus e às pessoas adequadamente através da música.

O nosso papel como Ministros de Louvor é inspirar a congregação a amar, adorar, venerar e buscar o conhecimento de Deus. Precisamos encontrar a melhor maneira de comunicarmos essa mensagem à nossa congregação, e portanto é necessário falarmos a mesma língua. Por isso, é necessário identificarmos alguns pontos cruciais relacionados à identidade e direcionamento que Deus tem dado à nossa congregação. Vou deixar aqui algumas questões básicas que podem nos ajudar a estabelecer uma maneira mais adequada de nos comunicarmos com a congregação.

1. O ministro precisa ser parte integrante da comunidade.

Uma situação muito comum nas igreja é o afastamento do grupo de louvor do restante da congregação, o que chamamos de “panelinha”. Este afastamento traz um prejuízo muito grande para todos. O Ministério de louvor deve estar integrado com toda a congregação, para que quando se referir à ela seja de fato uma voz para a mesma.

2. O Ministério deve caminhar em unidade com a visão da liderança da igreja.

Essa é uma outra situação muito comum que tem provocado muitos problemas nas igrejas, quando o ministério de louvor se torna um competidor da liderança da igreja. Precisamos nos lembrar sempre, de que somos servos do Senhor e nos submetemos a uma liderança estabelecida por Deus. E que o nosso papel é servi-los cooperando para que a mensagem que o Senhor tem comunicado à mesma, seja reforçada através das canções ministradas no momento do louvor e adoração. Somos um só corpo.

3. Liderar é influenciar.

E por isso, não nos esqueçamos de que a nossa vida deve ser uma carta viva escrita pelo Espírito Santo, e que o nosso testemunho seja o respaldo do nosso discurso.

4. Precisamos compreender a linguagem musical da nossa igreja.

É necessário identificarmos qual é o estilo musical que inspira a igreja a se unir ao grupo de louvor em uma só voz ao Senhor. Em nossas igrejas temos crianças, jovens, adultos e idosos que se reúnem com o propósito de cultuar a Deus. Vivemos em um país diversificado em estilos musicais, cada região tem uma linguagem peculiar. Como ministros (servos) o nosso objetivo não é o de tocar o estilo que mais nos agrada e sim o que inspira a igreja. Muitos ministros tentam implementar seu estilo pessoal e por isso “perdem o povo”, ficam frustrados e julgam a igreja como se ela não fosse uma igreja adoradora. Deixo essa observação aqui para se pensar.

5. Precisamos também identificar as estações espirituais e momentos pelos quais a igreja está passando.

E utilizar as canções para reforçar isso, sempre pensando em somar e agregar.

6. No momento específico da ministração do louvor, evitar a famosa “colcha de retalhos”, isto é, traga uma mensagem clara através do repertório escolhido.

Associe textos bíblicos que reforcem a mensagem e que, se necessário, sejam utilizados para uma melhor comunicação com a congregação. Porém precisamos estar cientes de que não somos o pregador da reunião, portanto, sejamos conscienciosos com a quantidade de falas entre as canções. É importante buscar um ponto de equilíbrio nisto. Existem alguns ministros que falam tanto entre as canções que impedem o fluir de Deus.

7. Relacionamento com Deus é um ponto imprescindível ao exercício com excelência do ministério.

Estamos ali em nome de Deus, falando das coisas de Deus e inspirando as pessoas a buscar e cultuar à Deus. Portanto, é importantíssimo termos uma vida de intimidade e dependência com Deus. Prepare-se previamente para montar a lista de canções a serem utilizadas nas reuniões. Pare para ouvir a voz de Deus, e siga as instruções do Senhor. 8. Durante a ministração, é necessário discernir e estar sensível ao Espírito Santo e à resposta da congregação também, nunca nos esqueçamos que somos humanos e estamos sujeitos a errar. Algumas vezes é necessário mudar o rumo da ministração por um direcionamento de Deus, estejamos abertos a isso.

8. Objetivar sempre a glória de Deus, a presença de Deus.

Não estamos ali para dar um “show”ou para atrair a atenção das pessoas à nossa arte ou a nós mesmos. Estamos num momento santo, cultuando a um Deus que é santo e digno de toda a honra, glória de louvor.

9. Ao término do período de louvor, continuar conectado à congregação e cultuando a Deus.

Muitos músicos só se ligam no momento do louvor e depois que descem da plataforma se desligam completamente de tudo. Alguns saem para fora da igreja, outros ficam ligados em outras coisas como se não estivessem ali dentro. Não podemos nos esquecer de que o nosso papel é o de honrar a Deus primeiramente com a nossa vida, e depois com a música. Deus não está à procura de bons músicos e sim de verdadeiros adoradores.

Conclusão: Enfim, estes são alguns detalhes que nos ajudam a exercer o ministério em honra a Deus e a nossos irmãos. Somos parte de um todo, exercendo uma função específica que deve ser direcionada pelo espírito e assim alcançar o máximo de pessoas. A música é uma ferramenta poderosa criada por Deus para abençoar vidas.

Aplicação: Tente identificar com seu grupo alguns pontos importantes relacionado a sua comunidade, tais como: Qual é a visão de sua liderança? Estamos alinhados à esta visão, caminhando para a mesma direção? De que maneira podemos servir a nossa liderança reforçando ou cooperando com o que Deus tem comunicado a eles? Qual é a identidade musical da nossa congregação? Estamos falando a mesma língua?

Gostaria de incentivá-los a abrir uma discussão dentro deste assunto e juntos buscar como equipe a melhor solução para o cumprimento do chamado de Deus no Ministério.

Deus os abençoe.

Christie Tristão

 

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