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5 de abril de 2019Estamos a caminho da Páscoa, no entanto nos demoramos pouco tempo para absorver o caro e colossal significado dela. Não só o significado, mas a realidade da adoração ensinada por Jesus. Quando nos referimos a algum assunto sobre adoração, ligamos naturalmente a pessoas comuns ou incomuns da Bíblia. Não somente pessoas, mas também atitudes e episódios envolvendo estes personagens sejam nos eventos cotidianos ou em extraordinários, é incomum falar sobre a adoração que Jesus nos ensinou. A revelação que podemos ler e estudar exaustivamente nas entrelinhas de todo o VT, é sempre externa. A mente, a razão e atos de adoração estavam comprometidos em fazer o melhor, porém era uma adoração incompleta e imperfeita.
O que podemos conhecer sobre adoração do AT é sobre aquela escrita em tábuas de pedra, nuvem protetora, fumaça, fogo, pão com sabor de mel, um punhado de tecidos coloridos que envolviam um assombroso e aterrorizante cômodo que abrigava coisas de alguém invisível. E não para aí! Vemos a adoração ligada à música aumentar sua influência quando Davi, por ordem de Deus (Cr 29:25), incorpora a música no Tabernáculo. Mesmo com esta beleza, glória e arte, Deus ainda não estava no lugar que queria morar (At 7:47-50).
Jesus ampliou o sentido limitado deste assunto nos dando um significado realista, ainda que não muito compreendido por nós. Da palavra que foi escrita em pedras no Horebe até a Palavra escrita em nosso coração (Jr 31:31-34). Jesus, a Palavra, o motivo e razão de tudo existir é a origem da nossa adoração.
O mero conhecimento de fatos pode causar perturbação, e o povo do AT vivia este assombro, com medo e desconhecimento. No NT nos tornamos o tabernáculo de Deus (Ef 2:19-22), numa ininterrupta deslumbrante descoberta de relacionamento e adoração.
Diga-me, como você recebe uma notícia indiferente? Com um tímido sorriso, com certeza. E como você reage a uma notícia muito desejada? Dando um grande e sonoro: Glória a Deus! A adoração é isto, é uma reação a uma revelação recebida. Hoje Jesus anda por nossos pés, toca com as nossas mãos e canta com a nossa boca, sem muros, intérpretes, símbolos ou alguém tentando explicar ou se apropriar da adoração. A perplexidade (medo) produzida pela incompreensão dá lugar à exultação (adoração). Deus não quer se revelar para nos impressionar, mas para se relacionar. Jesus nos tornou aptos, pelo seu sacrifício de adoração de participarmos desta nova adoração, numa fusão com sua gloriosa existência.
Veja nesta passagem de Lucas 19.37-40, Jesus já é o que sempre será. E diante das revelações que tiveram presenciando os grandes milagres do Senhor os discípulos explodem em júbilo. Você não deve desistir de rejubilar pela censura crítica de religiosos, instituições ou problemas cotidianos. A adoração incomum sempre encontra oposição. Jesus ensina que se nos calarmos as pedras testemunharão contra nós. Antes, Jesus já havia experimentado a rejeição dos religiosos e saiu de Jerusalém e foi à Cesaréia de Felipe e ensinou aos discípulos como seria seu supremo ato de adoração, foi um momento de consternação e perturbação.
A adoração entra em triunfo quando, mais tarde, no dia em que os judeus escolhiam o cordeiro que seria sacrificado na Páscoa, Jesus volta à cidade santa. Em outra festa Jesus chegou sem alarde, mas agora a coisa será diferente. Ele mesmo chefiou todo o evento de adoração, não houve ninguém que não soubesse da sua chegada. Antes de descer à Jerusalém passou pela ‘Galiléia dos gentios’, onde os judeus se misturaram aos gentios e considerados pelos religiosos como impuros, daí essa menção negativa. Os galileus já tinham recebido Jesus melhor que os judeus, e, ao descer à Jerusalém muitos foram com ele. Se eles eram adoradores adequados ou não, Jesus perturbou o ‘apartheid’ dos religiosos e judeus de Jerusalém por segregarem os galileus (e outros também). Ele carregou consigo esta comitiva de adoradores esfuziantes que respondeu ao fato de ser Jesus quem Ele é.
A reação de adoração mais expressiva vem do estímulo que o próprio Jesus provoca. Seja num momento de angústia ou numa grande festa. A Páscoa era a maior celebração de Jerusalém. Os judeus que se achavam de pedigree não receberam Jesus como os galileus. Mas os adoradores que Jesus arrastou provaram ser naquele momento um meteoro de adoração, porque Jerusalém foi estremecida! Jesus não é somente o objeto da nossa adoração, Ele é a origem dela (Rm 11:35-36).