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Intervalo, como o próprio nome já diz, é o espaço existente entre duas notas musicais, que é medido por meio de tons e semitons no nosso sistema temperado. O estudo dos intervalos é muito importante, pois através deles é que obtemos ferramentas para o estudo da harmonia, construção e análise de melodias e elaboração de arranjos. Cada intervalo tem sua função, nomenclatura e principalmente sonoridade específica.
Como apontou Persichetti, o intervalo pode ter significados diferentes para muitos compositores, pois mesmo tendo sempre as mesmas propriedades físicas, pode soar diferentemente em meio ao contexto no qual se está trabalhando. Teóricos têm classificado os intervalos de diversas formas, simples e composto, melódico e harmônico, ascendente e descendente, porém duas são de grande importância para o estudo da harmonia como também para a composição, a classificação entre consonante e o dissonante, mas como escrevi acima, até isso pode mudar, em nossa sensação sonora, dependendo da maneira como o intervalo é utilizado.
Sabemos que o som é uma onda mecânica que se propaga num campo ondulatório (meio material), como o ar, numa diferenciação de pressão desse meio, que só se torna audível se esta onda apresentar intensidade suficiente e se sua freqüência encontrar-se dentro da faixa que nossos ouvidos são capazes de reconhecer (20 Hz a 15000 Hz). Cada nota ou harmônico é definida por uma freqüência diferente, por isso conseguimos distingui-las. Como um intervalo é formado por duas notas, ele é então composto de duas freqüências (é preciso lembrar que estamos tratando aqui de forma simplificada com relação ao som musical, pois os princípios acústicos nos mostram que um som musical é formado pela sobreposição de várias outras frequências). A soma destas duas ondas sonoras nos dão a sensação de consonância ou dissonância. E é por esse motivo que um intervalo consonante pode soar dissonante se executado juntamente com outra nota ou outro intervalo, pois no fim das contas, o que vale é a somatória de todas elas.
Quadro dos intervalos
É importante saber os graus, os nomes e principalmente sua sonoridade. A dica é tocar cada um dos intervalos e deixar o ouvido absorver a freqüência associando-a a sua nomenclatura, pois isso facilitará tanto a análise de uma melodia ou harmonia simplesmente ao ouvi-las, como também na elaboração das mesmas.
Classificações
O intervalo pode ser simples ou composto.
Simples: quando se acha contido dentro de uma 8ª.
Composto: quando ultrapassa a 8ª.
O intervalo também pode ser Harmônico ou Melódico.
Harmônico: quando as notas são executadas ou ouvidas simultaneamente.
Melódico: quando as notas são executadas ou ouvidas sucessivamente.
Os intervalos Melódicos podem ainda ser classificados em Ascendente, quando a a primeira nota é mais grave que a segunda, e Descendente, quando a primeira nota é mas aguda que a segunda.
Consonante e Dissonante
Os intervalos possuem aspectos únicos em suas qualidades que geraram o conceito de sons consonantes e dissonantes. Essas qualidades sonoras dos intervalos são determinadas pelas propriedades físicas presentes em suas ondas sonoras e harmônicos.
Pensando dentro do sistema musical temperado, geralmente os intervalos consonantes são aqueles formados dos graus mais baixos da serie harmônica. Já os intervalos dissonantes são aqueles formados pelos graus superiores.
Podemos dividir e classificar os intervalos da seguinte maneira:
3ª e 6ª maiores ou menores (consonantes variareis ou imperfeitos)
5ª e 8ª Justas: consonantes invariáveis ou perfeitos
2ª menores e 7ª maiores: dissonantes fortes
2ª maiores e 7ª menores: dissonantes suaves
4ª justa: consonante ou dissonante
Trítono (4ª aumentada ou 5ª diminuta): ambíguo, pode ser neutro ou dissonante extremo
Inversão dos Intervalos
Inverter um intervalo consiste em transportar a nota mais grave uma 8ª acima ou a nota mais aguda uma 8ª abaixo, obtendo assim um outro intervalo.
As inversões de intervalos podem se tornar uma ótima ferramenta ao fazer uma transposição. Se precisarmos transpor uma melodia “uma 6ª acima”, possivelmente é mais fácil transpor para “uma 3ª abaixo”.
Somente os intervalos simples podem ser invertidos. Os intervalos compostos não podem ser invertidos, pois colocando a nota mais grave uma 8ª acima ou a nota mais aguda uma 8ª abaixo, perdem sua característica de intervalos compostos e transformam-se em intervalos simples.
Por: Samuel Fratelli.
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