O Papel do Guitarrista na Equipe de Louvor

O Papel do Guitarrista na Equipe de Louvor
"Ainda podemos utilizar a guitarra como um complemento harmônico tanto com notas individuais (single notes), como com intervalos."

 

 

A guitarra é um instrumento harmônico e melódico, e com estas duas características o papel exercido pelo guitarrista dentro de um grupo musical pode variar bastante. É muito comum a utilização dos termos: “guitarra base” e “guitarra solo“, porém não podemos nos limitar apenas nisso. Para desempenhar uma boa função dentro do grupo, é necessário primeiramente identificar qual o estilo musical adotado, pois cada estilo tem suas próprias particularidades. Como existem muitos estilos e fica muito difícil a análise de todos eles, procuremos de uma forma generalizada explorar o instrumento.

Utilizando-se da guitarra como um instrumento harmônico podemos usar acordes “cheios”, com batida na mão direita ou arpejados, ou apenas blocos de acordes, explorando principalmente regiões agudas (esse recurso é bem empregado quando o grupo possui um violonista). Em ambos os casos, efeitos são sempre bem-vindos, seja um chorus, flanger ou até mesmo uma distorção. Se houver no grupo um teclado ou outro instrumento harmônico, faz-se necessário conhecer a distribuição harmônica usada por estes para não “embolar“.

Se optarmos por uma guitarra melódica temos pelo menos três formas diferentes: solo, contraponto ou complemento harmônico.

A função solo talvez seja a forma mais comum de guitarra atualmente, sendo desnecessária sua descrição. No contraponto, toca-se uma melodia diferente da original, porém tocando-as simultaneamente. É um recurso muito utilizado por violinos e alguns instrumentos de sopro. É muito interessante, mas exige uma grande sensibilidade tanto do arranjador como do executante para não sobrepor a melodia principal.

Ainda podemos utilizar a guitarra como um complemento harmônico tanto com notas individuais (single notes), como com intervalos. Para esse recurso basta tocar notas pertencentes aos acordes executados pelo restante do grupo, sendo graves, médias ou agudas dependendo do efeito que se quer obter, ou utilizar os graus altos para obter um efeito dissonante.

Nas funções melódicas podemos utilizar praticamente todos os efeitos conhecidos na guitarra, principalmente reverb, delay, drive e chorus.

Samuel Fratelli

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