Projeto “A Bênção” Igrejas do Brasil
27 de agosto de 20203 dicas para construir relacionamentos firmados em Deus.
2 de setembro de 2020Para se relacionar bem com as pessoas é preciso fazê-lo com base no relacionamento que construímos com Deus. Permita-me falar a respeito do meu entendimento em relação a este assunto. Antes de tudo preciso comentar sobre o relacionamento do homem e Deus no Éden. A intimidade é uma prerrogativa de todo relacionamento que possuímos. Há níveis e limites em todos os estágios e contatos relacionais; afeição, afinidade, interesse, parental etc. Deus construiu intimidade em amplas condições com Adão quando o vinha visitar na viração do dia como diz a Bíblia (Gênesis 3:8). Se deixarmos nossa imaginação andar à frente nossa criatividade pode formar diálogos e passeios que caberiam muito bem neste quadro imaginativo no período do Éden. A condição emocional e física do administrador do Jardim era de interesse sincero do Criador que desejava contato sem mediador ou condicionais, apenas estar com o homem. Pense como Deus ansiava saber de Adão tudo o que aconteceu no Jardim enquanto Ele estava “ausente”. Há uma canção que supõe (ou não) que Adão voava com Deus, pela imensidão da terra! Sensacional! Todo este relacionamento nos ensina muito do que Cristo quer conosco. O restante da Bíblia até Cristo, é uma ponte, mas não é o modelo. Cristo é o modelo de relacionamento.
A parte ruim é que o homem não consegue conceber que em Cristo a barreira da separação foi quebrada (Efésios 2:14-16), e que santidade para o relacionamento não se expressa como ele, o homem, entende. Lemos o profeta Isaías muito aflito e preocupado com a condição impura da sua “língua” (Isaías 6:5). Logo, nós, pensamos que nos encaixamos estaticamente naquele episódio e, por conseguinte nunca estaremos purificados para intimidade com o Senhor. Neste pensamento censurável, até mesmo com Jesus, parece que algo precisa ser acrescentado para justificar os justificados. O homem se sente impuro e não aceita que apenas reconhecer pecador, pedir perdão e mudar de vida é suficiente para Deus (1 Jo 1:7-10) (1 Jo 2:1,2).
Não se sentido satisfeito com as condições de Deus, o ser humano faz a seu modo para se sentir perdoado. E é designando a prática de indulgências para sua própria consciência se apegar a frágil sensação de convencimento de que algo a mais é necessário para expiação do pecado. Podemos notar esse comportamento quando não vemos uma igreja liberta, ou pessoas libertas que digam que já fomos perdoados e apenas vamos adorar a Deus. Antes o que massivamente percebemos é uma igreja, pessoas e ministros, vivenciando um remorso cíclico de uma vida aprisionada sem viver o que Cristo fez na Cruz.
Estão carregando a cruz do modo errado. Não é chamar-se a si mesmo de miserável, pecador e outras palavras em humilhação para todos ouvirem nos cultos que alcançamos a santidade para relacionarmo-nos com Deus. – Somos indignos da tua Presença, oh Senhor! Ou: – Somos vermes diante de Ti!
Não creio que o Senhor queira isso! Estou convencido que é uma incompreensão do que Cristo fez na Cruz. Não é este o arrependimento que traz a presença de Deus (1 Pe 1:18-20). E se não conseguimos alcançar o entendimento que Ele espera que atingimos, ficaremos muito atrás do relacionamento que Deus quer conosco, o que também influenciará toda relação de convívio com as pessoas (1 João 4:20. 1 João 1:5-7.).
Construir relacionamentos firmados em Deus.
“Examine-se, pois, o homem a si mesmo…” 1 Coríntios 11:28.
A severidade com a nossa própria “santidade” é mais um jeito nosso do que a santidade que Deus exige de nós. Pois a santidade que Deus exige é por meio de Cristo (Efésios 2), e Ele já morreu e perdoou todos os nossos pecados. Se no dia da Ceia você se avalia apto para participar da mesa do Senhor, mas no culto seguinte no período do louvor você se autoavalia como impuro, então você nunca gozará de intimidade com Deus, nas condições Dele. Porque você mesmo desfaz sua purificação com um ato dúbio. No dia da Ceia está puro, na quarta ou outro dia seguinte, está impuro.
“homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.” Tiago 1:8. “Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa;” Tiago 1:7.
Se houve pecado deve ser confessado e abandonado, essa é a condição de Deus. Como vamos construir outros relacionamentos se somos inconstantes e instáveis? Isso repercute em todos os relacionamentos que temos; amigos, familiares, irmão em Cristo, no trabalho do ministério etc. Se fazemos mal a nós com nosso pecado e não o abandonamos, faremos mal aos outros com nosso pecado.
“Examine-se” é, portanto a régua que a Bíblia orienta sobre como saber se estamos prontos para intimidade do Corpo e do Sangue. Isso é responsabilidade dada nas mãos de cada um. Não é do pastor, do pai, da esposa, do discipulador ou outro. O ensinamento é que se comer indignamente; é réu. Se comer apto; entra em intimidade com Cristo. O relacionamento que construímos com Deus dará maturidade para edificarmos outros relacionamentos duradouros e sadios.
Eu sou uma pessoa que, embora dinâmica – eu acho, tenho o perfil de relacionamentos estáveis. Veja: há 17 anos na mesma igreja… Meu baterista? O mesmo há 16 anos. Casado há 28 anos e muitos outros detalhes que indicam esta linearidade, e não passividade. Às vezes me deparei com temperamentos furacônicos de indivíduos que compartilharam alguns anos comigo, com a rotina, com os dilúvios e múltiplas situações que, somente sobrevivi por causa do entendimento do que sou em Cristo, e principalmente o relacionamento que desenvolvi com Ele.
Conclusão
Em Cristo aprendemos que:
O relacionamento é uma relação intensa e recíproca.
O relacionamento deve ser em amor ativo, que exige sacrifício.
O relacionamento é abrangente, inclui todas as áreas da nossa vida.
O relacionamento produz frutos, gera outras pessoas.
O relacionamento solidifica através da responsabilidade e das consequências.
O relacionamento desenvolve os dons, através da sua força.
Jesus almeja desvendar a importância de um relacionamento sem intermediários ou ressalvas com você. Baseado no amor que Ele demonstrou na cruz quando se entregou para desfazer toda interferência que o pecado faz na comunicação e no acesso a Deus. Ele deseja aproximação, confiança, convívio, envolvimento, ligação, em fim: União!
Um relacionamento vívido e profundo que são parâmetros para todas as relações que temos e queremos construir.
Por: Ricardo Corrêa