A Identidade de Filho Amado | Laura Souguellis
4 de agosto de 2020Adoração e Missão – Judson de Oliveira
11 de agosto de 2020Quando Jesus orava a Deus, como era que ele começava a sua oração? Jeová Jiré? Jeová Rafah? El Shaday? Pai é a melhor definição de quem é Deus. Nós ainda gostamos muito de nomes retumbantes e escolhemos iniciar nossas orações por eles. Também vamos nos relacionar com Deus pela imagem e conceito que temos Dele. Entretanto Ele ainda prefere ser chamado de Pai. Pois é assim que Jesus (Mt 6:9) nos ensina a orar: Pai nosso, que estás nos céus!
Fim da orfandade, porque sou idêntico ao meu Pai!
Cada um de nós tem um documento chamado identidade. A origem desta palavra é do Latim, formado a partir do adjetivo “idem” (com o significado de “o mesmo”) e do sufixo “- dade” (indicador de um estado ou qualidade). A forma universal e correta da aplicação desta palavra é que qualifica aquilo ou aquele que é idêntico, ou, o mesmo. Portanto Deus por meio da adoção nos deu uma identidade, é o que diz Paulo em Romanos 8:15-16. Veja nesta versão ‘A Mensagem’ como está este texto. “A vida da ressurreição que vocês receberam de Deus não é vazia. Nela há uma constante expectativa de aventura, que sempre pergunta para Deus: ‘E agora Pai, o que vamos fazer?’, como crianças fazem. O Espírito de Deus entra em contato com nosso espírito e confirma nossa identidade. Sabemos quem ele é, e sabemos quem somos: Pai e filhos.” Leia também na NVI ou ARA para entrar essa revelação na sua vida.
Felipe, como assim me mostra o Pai?
Não sei exatamente o que Felipe (Jo 14:8.) queria ao pedir isso para Jesus. Mas dá à impressão de que ainda não estava convencido ou não sabia sobre quem seria o Pai. Mesmo andando, olhando e vivendo com o Filho Dele. Imagina se: E se no caso aqui não fosse Jesus, mas outro personagem bíblico? Muitos religiosos diriam que a culpa seria do personagem por não ter um bom testemunho que mostrasse isso. E nós, temos um testemunho que pode apontar que quem nos vê, vê também o Pai?
Jesus respondeu a essa pergunta com admiração: Você ainda não me conhece, Felipe? Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? (v9). É por essa razão que muitos de nós possuímos uma ideia errada sobre Jesus. Se o conhecemos apenas como o Salvador, podemos ter a mesma dúvida de Felipe e outras também.
Papai!
Se você tiver uma ideia errada de quem é Deus, você também terá uma conclusão equivocada de quem é você mesmo. A coisa ainda se estende… Se você tiver um conceito errado de quem é Deus, também terá um conceito errado sobre o próximo, tribos, povos, raças, mundo, eternidade, adoração, herança, evangelho, e por ai vai… Quando nos tornamos filhos de Deus através da adoção, o Espírito Santo entra em nosso espírito, alma e corpo e acaba com a orfandade, pois agora somos filhos de Deus. Recebemos uma nova identidade: Idem, o mesmo, qualificado, pai e filho! A partir daí, assim como uma criança podemos dizer: Papai!
Conheça o Pai verdadeiramente
Minha experiência dando aula de música pode ajudar a exemplificar como queremos fazer o certo buscando fazer o contrário do errado. É simples entender: Sempre é mais difícil tirar os vícios daquele que já toca do que pegar um aluno do zero. Para tirar um erro é comum mostrar o oposto, mas o aluno já está habituado a tocar do jeito errado e ele vai buscar fazer o certo a partir do errado. ‘O erro’ acaba sendo o ponto de partida. Assim também fazemos rotineiramente pelo desejo desta revelação sobre saber do Pai, ser igual ao Pai, conhecer e experimentar esta Paternidade. Se em qualquer área da nossa vida trabalhamos para fazer o certo usando como ponto de partida e referência aquilo que é errado, se nossa referência é o equívoco, certamente, tudo ou quase tudo que faremos após este reinício vai dar errado ou o risco de dar errado é muito maior.
Por isso o conceito que intrigou Nicodemos (Jo 3.) foi de que se alguém não nascer de novo não poderia ver o Reino, não poderia se tornar filho e extinguir a orfandade da sua vida. Nascer de novo é também buscar e receber em Deus ‘o novo’. É esse o poder que não compreendemos! Queremos ir adiante com tudo o que já amontoamos na vida. Ainda que nós venhamos a nos julgar racionais, somos incapazes de enxergar a realidade como ela é, então, por isso, receber o conhecimento e a Paternidade não dependem da intensidade do nosso desejo, da profundidade ou força da nossa fé. Mas depende do caráter de Deus: Deus é amor! Deus é o nosso Pai que está no céu! O critério para receber a Paternidade não depende da nossa súplica, mas do amor do nosso Pai. “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus” Mateus 7:11.
Receba hoje um pouco mais desta revelação sobre Paternidade do Nosso Pai que é todo amor, porque somos Idem, Nele!
Por: Ricardo Corrêa