Aspectos da vida e obra de Jesus – Daniel Souza
20 de dezembro de 2018Silent Night – Hillsong Worship
22 de dezembro de 2018Hipoteticamente alguém do seu grupo se aproxima do líder para confidenciar um pecado qualquer, “cabeludo” ou “fichinha”. O líder ouve, aconselha e aparentemente o caso está resolvido, entretanto não sabe se deve contar ao grupo ou reportar ao pastor. Suponha outra situação em que você está passeando no shopping e dá de cara com o guitarrista do seu grupo, casado, de mãos dadas com a esposa do tesoureiro. Você, muito desconsertado, desvia os olhos e muda de direção. Mais tarde ele envia uma mensagem a você: – Mano! Eu sei que você viu a gente, não sei o que dizer… Foi um vacilo, mas não conta nada para ninguém! Beleza? Ainda que seja extremamente doloroso para os envolvidos e para a igreja, estes casos são recorrentes.
Ação incorreta
No primeiro caso alguma pessoa conta o seu pecado para alguém. Mas toda a liderança fica sabendo, ou “a título de oração” ou devido ao “protocolo da liderança”. Posteriormente aquela confidência se espalha, pois alguém desta liderança possui um “melhor amigo” que diz: – Não conta isso para ninguém! Mas sabe fulano!? E este, também tem um melhor amigo…
Na segunda cena temos um flagrante! A pergunta é: Como devemos agir? Você deve ter passando por isso e provavelmente preferiu esperar para ver como aquilo se resolveria ou por vergonha alheia, ou por outro motivo, mas você comenta com outra pessoa, que comenta com outra e etc.
Inclusiva e bíblica
A igreja, instituição, tem uma tarefa muito clara que é a inclusão. Não devemos espalhar as pessoas e muito menos as notícias negativas que são produzidas como resultado dos relacionamentos interpessoais. Onde há pessoas, crentes ou não, ali haverá a dinâmica relativa à natureza humana. Por isso não podemos fantasiar ou exigir a ausência de erros, daqueles que consideramos mais serem leves, “fichinhas”, até os escandalosos, “cabeludos”.
A forma de lidarmos com as situações dentro do ambiente institucional não deve ter como referência o nosso bom senso, pois ele é subjetivo e relativo. Por isso a igreja deve ser totalmente e unicamente guiada pela Bíblia. Infelizmente a igreja atual está se moldando à liderança das “personalidades”, e elas determinam como a igreja deve se relacionar, conforme a interpretação pessoal que cada líder tem sobre a sua visão de ministério.
Princípio infalível que restaura a unidade
O tema aqui é sobre confrontar o pecado no seu grupo local, então vamos discorrer hoje somente sobre as duas situações que comentei. Veja como a Bíblia nos instrui sobre este assunto, é bem simples:
Se um irmão pecar contra você, fale com ele em particular e chame-lhe a atenção para o erro. Se ele o ouvir, você terá recuperado seu irmão. Mt 18:15.
Primeira atitude: Chamar a pessoa faltosa em particular e falar com ela sobre o pecado, e ponto final! Exerça misericórdia, perdoe se o pecado for algo que te prejudicou e aquilo deve ser sepultado ali, não conte para seu melhor amigo (a), líder ou pastor (a). Você entendeu? Não conte, e ponto final.
Segunda atitude:
Mas, se ele não o ouvir, leve consigo um ou dois outros e fale com ele novamente, para que tudo que você disser seja confirmado por duas ou três testemunhas. Mt 18:16.
Se o irmão foi flagrado em um pecado semelhante ao segundo caso que comentei anteriormente, chame ele em particular e diga que ele tem alguns dias para confessar o pecado às pessoas envolvidas. Dê um prazo para isso acontecer, dois dias, três dias, depende da situação. Avise que do contrário você comunicará o líder para através de uma conversa entre os envolvidos relatar a situação. No caso hipotético seria o guitarrista, a esposa do tesoureiro e você que viu o fato.
Terceira atitude:
Se ainda assim ele se recusar a ouvir, apresente o caso à igreja. Então, se ele não aceitar nem mesmo a decisão da igreja, trate-o como gentio ou como cobrador de impostos.
Dificilmente a igreja tomaria conhecimento deste pecado (hipotético desta matéria) e, tanto os envolvidos como a igreja seriam preservados em unidade.
Restauração em fracasso
O que tem acontecido é a rota inversa, primeiro a igreja sabe e depois tenta tratar o pecado. A comunhão é quebrada e se torna frágil. Deus perdoa assim que os pecadores o procuram. Entretanto quando praticamos o caminho inverso de Mateus 18 quebramos um princípio espiritual para recuperar os pecadores e a unidade, satanás usará isso para sua vantagem e como consequência os envolvidos serão sempre tratados com a desconfiança reticente da maioria. O Corpo sofre sentindo o resultado desta quebra de princípio. A Igreja adoece, os sintomas são como uma espécie de febre emocional e espiritual causada por uma infecção tratada com o remédio errado.
A igreja em verdade
A igreja local tem que ser um ambiente seguro e sigiloso, onde os pecadores arrependidos sejam protegidos e ensinados a amarem uns aos outros. Somente líderes e pessoas totalmente submissas ao governo de Cristo obedecerão ao princípio espiritual contido em Mateus 18. Você pode ler aprofundadamente sobre isso no meu livro: “Músico, abandonado ferido e esquecido”, pela editora Ágape.
https://www.agape.com.br/louvor-e-adorac-o/musico-abandonado-ferido-e-esquecido.html