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28 de setembro de 2018Quando falamos em guitarra nos dias de hoje fica muito difícil desassociá-la dos pedais de efeito. Embora eu particularmente goste bastante do timbre puro da guitarra, tenho consciência de que para atingirmos determinados fins sonoros que se aplicam perfeitamente a determinados estilos não podemos nos separar dos efeitos.
Assim como é de extrema importância ter uma boa guitarra e um ótimo amplificador, é muito importante procurar pedais de efeito de qualidade. Existem à disposição no mercado muitas marcas e modelos que procuram atender às necessidades dos músicos em todas as esferas: preço, tamanho, peso, timbre, etc. Essa quase infinidade (para usar uma hipérbole, mas que de certa forma não está tão exagerada) de marcas e modelos não serão tratados aqui pois fogem demais do escopo deste artigo.
Quero portanto falar dos efeitos de uma forma classificatória, oferecendo ao leitor uma base de conhecimento para que possa encontrar-se e as soluções eficientes dentro deste vasto universo.
Podemos classificar os efeitos em três grupos: Drives, Modulações e Ambiências.
Drives
Os drives talvez sejam os efeitos de maior uso entre os guitarristas. Esse efeito surgiu por causa do uso dos amplificadores em volume excessivo, que saturava as válvulas, ou até mesmo com válvulas e falantes danificados. Os primeiros overdrives surgiram em apresentações ao vivo, mas logo músicos tentariam reproduzir esses efeitos em estúdio e consequentemente, pessoas e empresas especializadas em eletrônica começaram a desenvolver equipamentos que gerassem esses efeitos sem danificar um amplificador.
O primeiro pedal de Drive foi o Fuzz, pouco usado hoje em dia, mas muito usado nas décadas de 1960 e 1970. Tem um som muito “sujo”, como de falante rasgado. É bem interessante se usado no lugar certo, como determinados solos.
O Overdrive talvez seja o pedal da classe que estamos tratando aqui mais utilizado de todos, e possui uma gama de variações muito grande. O Overdrive pode ser utilizado em quase todos os estilos, pois ele “suja” o som mantendo os harmônicos (o que o Fuzz não faz) e por isso permite que sejam tocados acordes. Muitos amplificadores já vem com um canal de overdrive interno, mas recomendo que o leitor faça uma pesquisa de pedais, faça muitos testes e veja qual deles se encaixa na sonoridade que se tem buscado.
Outro efeito dentro desta classe é o Distorcion, que é mais sujo que o Overdrive, porém com mais definição que o Fuzz. Os pedais de Distorcion são também muito variados, alguns com sonoridades bem densas e pesadas próprias para estilos de rock mais pesado.
Explicar a diferença entre esses efeitos é praticamente impossível de descrever. Sugiro que o leitor faça uma pesquisa na internet, onde é possível encontrar demonstrações de vários pedais, como também visitar uma loja de instrumento e fazer os seus próprios testes.
Modulações
O efeitos de modulação trabalham dentro do princípio de dobra de sinal, alteração na frequência, alteração da afinação, alteração da amplitude e alteração na fase do sinal. Os efeitos de modulação mais conhecidos e usados são: Chorus, Flanger, Phaser, Tremolo e Pitch.
O Chorus é um efeito que trabalha a duplicação de sinal. É como se outras guitarras fossem adicionadas à principal, por isso o nome Chorus, a ideia de criar uma espécie de “coral” de guitarras. Se juntarmos dois guitarristas fazendo as mesmas notas no mesmo tempo, conseguiremos notar que sempre existirá um pequeno atraso e uma leve desafinação entre eles, e claro uma diferença de timbre. Imagine dois toca fitas tocando junto só que um deles têm uma leva variação de velocidade, isso gerará uma desafinação e quando os dois forem somados haverá um Chorus.
O Flanger tem o mesmo princípio que o Chorus, só que o pedal ao criar o chorus, retorna esse sinal e cria um novo choros sobre ele. Com essa realimentação de sinal, algumas frequências são canceladas criando a sensação de decaimento e aumento em alguma delas. O Flanger permite então vários ajustes, desde um chorus comum (é só deixar o botão Res ou Resonance ou Feedback no zero e ajustar o Depth e o Rate) passando por sons metálicos com ambiências reflexivas a dimensões pequenas (algo como um cano d’agua) até o som de aviões a jato.
O Phaser usa uma série de circuitos eletrônicos (redes de deslocamento de fase, em inglês, Phase Shifters) cuja função é provocar cancelamentos e reforços de fase só que não necessariamente em pontos harmonicamente correlacionados.
Num próximo post trataremos das ambiências.
Por: Samuel Fratelli. © 2016 Adorando.
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[…] incorporando inclusive a voz. A guitarra muitas vezes pode tornar-se um instrumento melódico, quando num solo, porém ela funciona na […]
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[…] da guitarra como um instrumento harmônico podemos usar acordes “cheios”, com batida na mão […]
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