Preparação e Avaliação do Culto de Adoração

Preparação e Avaliação do Culto de Adoração

Um tempo atrás, alguém me fez a seguinte pergunta: “Por acaso você tem alguma lista de verificação que tenha distribuído entre seus líderes de adoração para avaliarem certos elementos do culto ao se prepararem para o domingo?”.

Uma resposta simples seria: “Não!”. No entanto, há alguns anos C. J. Mahaney e eu elaboramos 10 perguntas de avaliação do culto que podem servir como algo para sempre manter em mente.

  1. O sacrifício substitutivo que o nosso Salvador realizou na cruz é clara e repetidamente apresentado nas letras das músicas e nas exortações como algo central à nossa adoração e o meio pelo qual nos aproximamos de Deus?
  2. Está suficientemente claro para a igreja e para os convidados que tudo o que fazemos está enraizado na Escritura, sendo uma resposta a ela?
  3. Será que dedicamos tempo suficiente para nos prepararmos e ensaiarmos antes do domingo, assim como para o incentivo e a avaliação depois do domingo?
  4. É possível reconhecer com facilidade o tema que foi atribuído ao nosso culto de adoração, o qual é fundamentado na verdade objetiva acerca de Deus e então claramente comunicado?
  5. Será que estamos atentos à direção do Espírito Santo durante o culto de adoração e correspondemos a essa direção como devemos?
  6. As nossas transições, sejam por meio da música instrumental, sejam por meio de pequenos comentários que fazemos, servem de elo para os diferentes elementos do culto e de uma forma natural e significativa?
  7. Será que a nossa seleção de cânticos e hinos e a nossa apresentação já se tornaram previsíveis? O nosso repertório musical reflete músicas de estilos, ênfases e tamanhos distintos?
  8. Será que os pastores e a equipe de adoração servem de exemplo para a igreja de uma adoração apaixonada, expressiva e responsiva?
  9. Estamos cientes da presença de convidados que talvez não estejam familiarizados com nossa terminologia, estilo e prática? Somos adequadamente sensíveis a eles?
  10. A maneira de nos referirmos ao culto de adoração e a nossa expressão desse culto reforçam o entendimento de que ele complementa e não substitui um estilo de vida de adoração?

Eu poderia oferecer um comentário para cada pergunta acima, mas não seria necessário fazê-lo… Quero apenas sugerir aos líderes que apliquem imediatamente a pergunta número 3, se ela já não está sendo aplicada. Veja como a aplicamos…

Nossos cultos de domingo começam às 9h e duram cerca de 90 minutos. O ensaio acontece normalmente aos sábados à noite, das 18h30 às 20h. Assim, podemos chegar na manhã de domingo às 8h para uns 30 minutos de ajustes finais. O fato de termos ensaiado na noite anterior ajuda a mantermos tudo fresco na memória para o domingo de manhã.

Depois do culto de domingo, nossos músicos se reúnem no palco para conversar sobre o que teve um bom resultado e o que não foi tão bom. Tentamos cultivar uma cultura de humildade e de estímulo mútuo que permite às pessoas ressaltarem as áreas em que o outro cometeu algum erro e ansiarem por observações quando elas mesmas não fizeram algo correto. Posso comentar o ritmo do baterista ou alguma transição ruim, mas também elogiar o grupo por corresponder bem a uma mudança de planos. Ninguém está procurando “pôr a culpa” em ninguém. Muitas vezes rimos de coisas que não saíram exatamente como havíamos ensaiado, sabendo que Deus em sua graça usa idiotas como nós! Procuramos aprender com nossos erros e reproduzir nossos certos. Às vezes não temos total certeza do que exatamente não deu certo. Mas o efeito cumulativo desses períodos de avaliação tem sido de valor incalculável.

Além disso, nas manhãs de quarta-feira nossa equipe de pastores faz uma avaliação do domingo anterior. Não gastamos muito tempo com picuinhas, mas com certeza falamos sobre o que foi bom e o que não teve um bom resultado. Isso tem nos ajudado a ficar mais cientes da responsabilidade que temos de, a cada domingo, dirigir o coração e a mente das pessoas para o nosso glorioso Salvador.

Por: Bob Kauflin. Copyright © 2006 Worship Matters. Original: Preparing for and Evaluating the Worship Service.
Tradução: Fabiano Silveira Medeiros. Revisão: Filipe Castelo Branco.

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