Teologia Bíblica e o Culto de Adoração
11 de outubro de 2016Adoração na Sala do Trono
14 de outubro de 2016Um tempo atrás, alguém me fez a seguinte pergunta: “Por acaso você tem alguma lista de verificação que tenha distribuído entre seus líderes de adoração para avaliarem certos elementos do culto ao se prepararem para o domingo?”.
Uma resposta simples seria: “Não!”. No entanto, há alguns anos C. J. Mahaney e eu elaboramos 10 perguntas de avaliação do culto que podem servir como algo para sempre manter em mente.
- O sacrifício substitutivo que o nosso Salvador realizou na cruz é clara e repetidamente apresentado nas letras das músicas e nas exortações como algo central à nossa adoração e o meio pelo qual nos aproximamos de Deus?
- Está suficientemente claro para a igreja e para os convidados que tudo o que fazemos está enraizado na Escritura, sendo uma resposta a ela?
- Será que dedicamos tempo suficiente para nos prepararmos e ensaiarmos antes do domingo, assim como para o incentivo e a avaliação depois do domingo?
- É possível reconhecer com facilidade o tema que foi atribuído ao nosso culto de adoração, o qual é fundamentado na verdade objetiva acerca de Deus e então claramente comunicado?
- Será que estamos atentos à direção do Espírito Santo durante o culto de adoração e correspondemos a essa direção como devemos?
- As nossas transições, sejam por meio da música instrumental, sejam por meio de pequenos comentários que fazemos, servem de elo para os diferentes elementos do culto e de uma forma natural e significativa?
- Será que a nossa seleção de cânticos e hinos e a nossa apresentação já se tornaram previsíveis? O nosso repertório musical reflete músicas de estilos, ênfases e tamanhos distintos?
- Será que os pastores e a equipe de adoração servem de exemplo para a igreja de uma adoração apaixonada, expressiva e responsiva?
- Estamos cientes da presença de convidados que talvez não estejam familiarizados com nossa terminologia, estilo e prática? Somos adequadamente sensíveis a eles?
- A maneira de nos referirmos ao culto de adoração e a nossa expressão desse culto reforçam o entendimento de que ele complementa e não substitui um estilo de vida de adoração?
Eu poderia oferecer um comentário para cada pergunta acima, mas não seria necessário fazê-lo… Quero apenas sugerir aos líderes que apliquem imediatamente a pergunta número 3, se ela já não está sendo aplicada. Veja como a aplicamos…
Nossos cultos de domingo começam às 9h e duram cerca de 90 minutos. O ensaio acontece normalmente aos sábados à noite, das 18h30 às 20h. Assim, podemos chegar na manhã de domingo às 8h para uns 30 minutos de ajustes finais. O fato de termos ensaiado na noite anterior ajuda a mantermos tudo fresco na memória para o domingo de manhã.
Depois do culto de domingo, nossos músicos se reúnem no palco para conversar sobre o que teve um bom resultado e o que não foi tão bom. Tentamos cultivar uma cultura de humildade e de estímulo mútuo que permite às pessoas ressaltarem as áreas em que o outro cometeu algum erro e ansiarem por observações quando elas mesmas não fizeram algo correto. Posso comentar o ritmo do baterista ou alguma transição ruim, mas também elogiar o grupo por corresponder bem a uma mudança de planos. Ninguém está procurando “pôr a culpa” em ninguém. Muitas vezes rimos de coisas que não saíram exatamente como havíamos ensaiado, sabendo que Deus em sua graça usa idiotas como nós! Procuramos aprender com nossos erros e reproduzir nossos certos. Às vezes não temos total certeza do que exatamente não deu certo. Mas o efeito cumulativo desses períodos de avaliação tem sido de valor incalculável.
Além disso, nas manhãs de quarta-feira nossa equipe de pastores faz uma avaliação do domingo anterior. Não gastamos muito tempo com picuinhas, mas com certeza falamos sobre o que foi bom e o que não teve um bom resultado. Isso tem nos ajudado a ficar mais cientes da responsabilidade que temos de, a cada domingo, dirigir o coração e a mente das pessoas para o nosso glorioso Salvador.
Por: Bob Kauflin. Copyright © 2006 Worship Matters. Original: Preparing for and Evaluating the Worship Service.
Tradução: Fabiano Silveira Medeiros. Revisão: Filipe Castelo Branco.
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