O Poder do Teclado

Teclado
"Hoje podemos encontrar teclados que carregam em si mesmos um estúdio de gravação completo, podendo até gravar sons acústico"

Apesar de ser impossível precisar quando o primeiro sintetizador foi criado, o instrumento que inspirou a criação dos teclados atuais foi o órgão de tubos pela sua semelhança estrutural. Provavelmente, o primeiro instrumento que daria origem a história dos “synths” foi o Telhamonium, inventado em 1897 pelo engenheiro Thadeus Cahill, que pesava 200 toneladas e ocupava todo um andar de um prédio em Nova York.

Hoje podemos encontrar teclados que carregam em si mesmos um estúdio de gravação completo, podendo até gravar sons acústicos e organizá-los em um sequenciador interno com poderosos recursos de edição. A verdade é que atualmente os teclados são instrumentos tão comuns em nosso meio que a impressão que temos é de que eles sempre existiram. São instrumentos extremamente úteis nas mãos de produtores musicais, arranjadores, professores e, claro, músicos.

Versatilidade e Precisão

Os teclados são tão versáteis que podem ser tocados sozinhos como instrumento de solo ou acompanhamento, como também podem interagir com uma banda completa preenchendo espaços na música com sons de efeitos.

Apesar de o teclado ser tão útil por causa de sua versatilidade e abrangência de sons diferentes, isso pode se tornar um grande revés nas mãos de um músico amador e, até mesmo, de um pianista profissional.

Saber como utilizar o teclado em uma banda vai depender de vários fatores que devem ser considerados, tais como: estilo musical de sua banda, estilo ou arranjo da música em questão e se sua banda tem um ou mais instrumentos harmônicos além do teclado como, por exemplo, o violão.

Se sua banda tiver um segundo instrumento harmônico além do teclado, procure observar o que os outros instrumentos harmônicos estão fazendo antes que você acabe tocando por cima deles e tornando seu papel na banda algo redundante. Por exemplo, se o violão já está fazendo a ´levada´ da música, com acordes abertos, procure tocar com um timbre que soe distinguível do violão e que não precise ser tocado o tempo todo. Desta forma seu timbre somará ao do violão e permitirá que a música respire.

Caso os outros instrumentos harmônicos deixem para os teclados o papel de fazer a ´levada´ da música, procure usar um timbre como o do piano e deixe que a banda preencha os espaços, permitindo assim que a música respire.

Tocar o tempo todo, além de prejudicar a dinâmica de uma música, desgasta o frescor do som de seu instrumento. Tocar apenas se for necessário tornará suas idéias musicais mais ricas e possibilitará que todos sejam ouvidos.

Tome cuidado com o que você faz com a sua mão esquerda, especialmente se sua banda já tiver um baixista. Deixe o baixo para ele, pois desta forma o que o contra-baixo fizer vai soar limpo e claro. A alternativa é usar a mão esquerda para tocar parte da harmonia distribuída nas duas mãos.

Quanto aos timbres que devem ser usados, isso é uma questão de gosto e não há regra, a não ser o bom-senso. Caso você use timbres derivados de instrumentos acústicos como o de uma flauta, por exemplo, procure observar o que um flautista faz com o seu instrumento para que você não saia por aí fazendo acordes com seu som de flauta – não que haja algo de errado em fazer isso, mas procure fazer com que sua imitação soe realística.

Paulo Lira é músico profissional, arranjador e produziu os álbuns “Entrega” ,”Grande Deus” e “Meu Respirar” – Piano da VM Brasil. É casado com Greta Lira e atualmente tem servido na igreja Vineyard em Atlanta, USA.

Fonte: www.vineyardmusic.com.br

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