como tocar bateria: tocando os pratos

"Mais uma vez espero que esta matéria contribua com a ampliação de seus conhecimentos e te desperte a se aprofundar nos assuntos que abordamos aqui. Aguardo suas dúvidas e sugestões nos comentários. Terei prazer em responder."

Louvai-O com címbalos sonoros; louvai-O com címbalos retumbantes. Salmos 150.5 – Almeida 21

Vimos na última matéria que os pratos representam um custo percentual muito alto chegando, em alguns casos, a custar mais que a própria bateria.

Fizemos uma pequena viagem pela história e foi possível observar que a manufatura de bons pratos requer muita dedicação e talento para produzir um instrumento que ressoe com qualidade e beleza.

Um investimento com tanto valor agregado não pode ser tocado de qualquer maneira por isto também é necessário talento e dedicação para extrair toda a sonoridade que o instrumento possui.

Com isto em mente, vamos dedicar algum tempo para entendermos como devemos tocar os pratos.

A maneira como você toca e até mesmo o tipo de baqueta que você usa, pode valorizar o potencial do instrumento ou não.

Como bateristas precisamos ter especial atenção para a maneira como os pratos devem ser tocados afim de extrair a melhor sonoridade. Isto requer estudo e desenvolvimento técnico. Mas algumas observações simples podem nos ajudar bastante.

Regiões do Prato

Para melhor entendermos, vamos dividir o prato em três regiões distintas que, juntas, compõe um todo. Estas regiões são: A borda, o corpo e a cúpula.

Cada uma destas regiões produzem uma sonoridade diferente e exigem do baterista a técnica adequada de execução.

Corpo do Prato

Vamos começar por esta região pois é a mais utilizada.

Ela compreende o espaço entre a borda e a cúpula. É nesta região que as principais qualidades dos pratos se acentuam.

Tocar nesta região requer uma boa técnica com as baquetas. Segurá-la com muita rigidez fará com que o som emitido seja muito metálico gerando um efeito sonoro por vezes desagradável e sem brilho semelhante a tocar em um pedaço de lata. Além disto, tocar desta forma restringirá a vibração correta do prato e o “disparo” das notas ressonantes.

Para o melhor resultado é preciso muita prática. Segure a baqueta com firmeza, mas não com rigidez, e toque com a ponta da baqueta sempre no meio do corpo do prato de modo que o prato possa vibrar adequadamente e ressoar as notas com brilho e qualidade.

Tocar muito próximo da borda ou muito próximo da cúpula limitará a sonoridade do prato.

Entretanto, em alguns momentos, é possível utilizar também o corpo da baqueta. Não confunda com o corpo do prato.

Neste caso, utilizamos o corpo da baqueta no corpo do prato para aumentar a intensidade em um momento específico da música.

Cúpula do Prato

A cúpula, como o próprio nome já sugere, está localizada na parte superior do prato e produz uma sonoridade mais seca e mais aguda pois gera ondas mais curtas.

Ela não deve ser tocada constantemente. Somente para acentuar um tempo ou o contratempo de uma música. Particularmente utilizo o recurso de toque na cúpula no contratempo como se fosse um cowbell.

Nunca é demais ressaltar que é preciso muito bom senso ao usar os recursos disponíveis. A prioridade sempre será a transmissão da mensagem bíblica contida na canção. Portanto o uso deve sempre ser sob a direção do Espírito Santo. Ele é quem sabe o que é melhor para Suas ovelhas

É muito importante também ter um bom domínio técnico das baquetas pois esta região do prato é tocada com o corpo da baqueta, sem utilizar força na execução, para que o efeito desejado seja alcançado.

Borda do Prato

Finalmente temos a borda do prato.

As bordas dos pratos são mais sensíveis e como são tocadas com o corpo da baqueta, exigem o uso de técnica adequada para que o melhor resultado seja obtido sem danificar os mesmos.

Como conclusão de uma virada, as bordas dos pratos de ataque são as mais utilizadas por produzirem uma sonoridade normalmente mais aguda e com duração mais curta.

A borda do chimbal também é usada com muita frequência. Não como conclusão de uma virada, mas com a finalidade de acentuar a intensidade em momentos específicos da música como, por exemplo, destacar contratempos.

Observando e tocando os pratos desta maneira, certamente você conseguirá obter a melhor sonoridade tendo sempre em mente que a melhor é a que coopera para que a mensagem contida na canção seja transmitida corretamente e entendida pelos que ouvem.

Mais uma vez espero que esta matéria contribua com a ampliação de seus conhecimentos e te desperte a se aprofundar nos assuntos que abordamos aqui.

Aguardo suas dúvidas e sugestões nos comentários. Terei prazer em responder.

tocai com habilidade e alegria Salmo 33.3 – Almeida 21

Por: Jeferson Ilário 

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