Adorando como criança – Christie Tristão
13 de outubro de 2020Profecias, Profetas e Sua Missão | Adhemar de Campos
23 de outubro de 2020Vivemos em tempos difíceis nos quais a incerteza, desânimo e falta de esperança estão tomando um lugar cada vez mais dominante em nossas vidas, ao ponto de acreditarmos que as dificuldades e tribulações vêm até nós com a finalidade de nos fazer parar, principalmente se estamos no centro da vontade de Deus. Você já parou para pensar que quando fazemos a vontade de Deus, automaticamente já temos um inimigo? Esse inimigo tentará todas as suas táticas para nos paralisar.
A boa notícia é que nosso inimigo não é tão criativo assim e ele sempre usou e usará as mesmas táticas para calar a voz e tentar parar o povo de Deus.
CONTEXTO HISTÓRICO
No Antigo Testamento encontramos a jornada de um povo que vez após vez se desviou dos caminhos de Deus, gerando assim algumas consequências, como os longos anos que passaram em cativeiro de uma nação estrangeira. Os livros escritos antes do cativeiro são livros muito fortes em expor o pecado e em repreensão. São livros em que os profetas explicam aquilo que o povo estava fazendo errado e o porquê do julgamento vir; a linguagem por muitas vezes é bem dura e difícil.
Até que chegamos então ao livro de Esdras. Após esse período de afastamento, a volta desse povo foi bem diferente e o que eles precisavam era de uma mensagem de esperança. E o que observamos no livro é um aspecto muito importante sobre o caráter de Deus: Ele é um Deus de restauração. O povo retornou às suas casas e começou um processo de reconstrução em três estágios. O primeiro estágio foi a reconstrução do templo, o segundo foi a restauração do ensino da Palavra de Deus e o terceiro estágio foi a reconstrução dos muros.
No capítulo 4 do livro de Esdras, observamos que em meio a tanta alegria por causa da obra e do processo de reconstrução, o povo de Deus enfrentou grande oposição. Pessoas se levantaram para desanimar e amedrontar o povo, até que conseguiram fazer com que a obra parasse.
TÁTICAS DO INIMIGO
Como dito anteriormente, o inimigo não é muito criativo e sempre usará as mesmas táticas para paralisar o povo de Deus e Sua obra. Veja o que diz o texto nos versículos 4 e 5:“
Então os habitantes da região tentaram desanimar e amedrontar o povo de Judá, para que não continuassem a construção. Subornaram agentes para trabalhar contra eles e frustrar seus planos. Isso prosseguiu durante todo o reinado de Ciro, rei da Pérsia, até que Dario, rei da Pérsia, subiu ao poder. Esdras 4:4,5
A primeira lição que vemos aqui é que o inimigo usa táticas como DESÂNIMO, FRUSTRAÇÃO, MEDO e ACUSAÇÃO para fazer com que a obra de Deus pare na sua vida. Neste caso, a obra parou por 15 anos. Durante esse tempo, tudo o que o povo tinha era a fundação, o alicerce, eles só podiam ver o início da obra e mais nada.
Ainda hoje, o mesmo inimigo usa as mesmas estratégias para parar o povo de Deus. Temas como desânimo (falta de forças), frustração (sentimento de incapacidade), medo (paralisação) e acusação (mentiras e tentativa de abalar a identidade) nunca foram tão atuais para deixar as pessoas estagnadas e inativas.
Mas há esperança! Em meio a essa oposição e estagnação, Deus levantou homens e profetas para a encorajar o povo a retomar a construção.
ENCORAJAMENTO
A segunda lição que podemos enxergar, já no capítulo 5, é que em meio às dificuldades o dom de encorajamento é necessário. O povo ficou parado até que alguém se levantasse como voz profética e trouxesse de volta o ânimo, tanto que no final do v.8 vemos que “a obra avançava com muita energia e êxito. ”.
Porém, quando retomaram a construção, a oposição se levantou novamente para tentar parar a obra, só que dessa vez o povo, cheio de ânimo, não cedeu às táticas do inimigo. Pediram então para que o rei procurasse nos arquivos do reino, pois havia sido decretado anteriormente que o povo poderia reconstruir. Quando o rei Dario encontrou os registros, decretou não somente que a obra estava liberada para conclusão, mas que também que o governo pagaria quaisquer custos da obra e providenciaria tudo o que eles precisassem.
Aquilo que o inimigo intentou para o mal, Deus reverteu em bênção maiores do que eles mesmos podiam acreditar.
CONCLUSÃO
Portanto, podemos aprender que ao deixarmos o desânimo, medo e acusações guiarem nossa postura e resposta diante de Deus, o resultado é a inatividade e estagnação. Um povo cheio de encorajamento consegue extrair estratégias e ânimo direto do trono de Deus e, mesmo em meio às dificuldades, consegue “avançar com muita energia e êxito.”. É assim que devemos ser, pois o nosso Deus vai à nossa frente e Ele tem tudo sob Seu controle.
Seja encorajado, seja um encorajador. A obra nunca para e, mais do que nunca, está a todo vapor!