Apesar de usá-las várias vezes ao dia na fala e outras formas de comunicação, raramente nos damos tempo para considerar a importância das preposições em nossa língua. Elas funcionam para mostrar a relação de uma coisa com a outra. Podemos aproveitar essas pequenas palavras para nos ajudar a ter uma visão sobre a nossa relação com Cristo em relação à adoração. Compartilharemos a respeito disto não como uma listagem exaustiva, nem como um tratado teológico, mas simplesmente para que isso possa nos ajudar a redirecionar como pensamos e lidamos com a adoração.

1. A Ele

Adoração é direcionada à Cristo. “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém” (Ef 3.20,21).

2. Nele

Seu Espírito vive em nós e nos fortalece, a relação que permanece é que nós somos “nele”. “Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração” (At 17.28). “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17).

O fato de que Ele está em nós deve continuamente nos desviar da adoração a qualquer outro que não seja a Ele mesmo.

3. Com Ele

Ele está presente conosco na adoração. “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18.20). Ele não só vive em nós, como deve haver uma consciência da presença de Seu Espírito enquanto nós adoramos.

4. Para ele

Adoração é para Ele. nós existimos para Ele, como Paulo declarou; “Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele” (1Co 8.6).

Embora o culto tenha imensos benefícios para o adorador, não é para ele, mas para Cristo. deve existir um senso de que estamos ministrando a Deus quando nós o adoramos. Nossa adoração e devoção à ele não existe porque Ele precisa disto; ele é auto suficiente. Nossa adoração é um tempo específico no qual nós afirmamos a dignidade de Deus através da obediência em reconhecer que tudo é para Ele.

Pode-se dizer: “Eu vou adorar, porque eu tenho necessidades e quero que essas necessidades sejam atendidas.” Eu acredito que eu entendo o que isso significa, mas temos de ter cuidado. O objetivo da adoração não é que as minhas necessidades sejam atendidas, mas que adoramos a Cristo. Se nos concentrarmos em “nossas necessidades”, então temos redirecionado nossa atenção Daquele que é capaz de fazer qualquer coisa para suprir essas necessidades. Mas, a medida em que focalizamos em Cristo e em Sua grandeza, amor, misericórdia, graça e perdão em adoração, de alguma forma ele trabalha para atender nossas necessidades. Cristo ministra a nós então, isto se torna um subproduto da adoração e não o foco central.

5. A respeito Dele

O tema da adoração é Jesus. Enquanto Pedro se levantou para liberar seu sermão no dia de Pentecostes encontrado em Atos 2.14-36, a mensagem do começo ao fim era a respeito de Cristo. Nossa mensagem é compartilhar como Deus desde o princípio da história havia se movido para restaurar o relacionamento com sua criação através da morte e ressurreição do Seu filho. Até mesmo quando ameaçados pelo Conselho, Pedro e João só poderiam dizer: “nós não podemos parar de falar sobre o que nós vimos e ouvimos” (At 4.20).

6. Por ele

Em adoração nós reconhecemos que tudo foi feito por Ele. “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele”  (Cl 1.16).

7. Através Dele

Somos incapazes de adorar sem Sua ajuda. “Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15); “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3); “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Rm 11.36); “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13).

Nossos momentos de adoração podem ser cheios de distrações. Talvez uma simples revisão de algumas preposições pode nos ajudar a ver Jesus Cristo como o foco central de nossa adoração corporativa. Enquanto nos reunimos para adorar vamos lembrar que é a Ele e Nele; É com Ele e para Ele; é respeito Dele, Por Ele e através Dele! Adoração centrada em si mesmo, tem seu foco central, tudo em Jesus Cristo. Qualquer coisa menos que isto é menos do que adoração.

Ed Steele é Professor de Música no Leavell College of New Orleans Baptist Theological Seminary, e missionário com a International Mission Board por 20 aos.

Fonte: www.edsteeleworship.com