Metrônomo Para Todos

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Realmente uns 25 anos atrás quando você gravava era “na raça” e se errasse não tinha essa de “volta só nesse compasso e acerta!”

Se, se errava o último acorde (como lembro algumas gravações que participei) tinha que fazer tudo de novo ou ” cortar” literalmente a fita de duas ou uma polegada, e ” fazer” o final de novo…era artesanal mesmo!

Creio que também se deve ver o trabalho o metrônomo não só do ponto de vista do percussionista ou batera…a percussão tem muita importância no clima da musica (embora hoje em dia não se vê muito ” clima” mas mais “paulera”, ou rimshot quando se quer algo mais tranqüilo…).

Uma vez vi o Carlos Bala tocando com o grande amigo Hélio Delmiro e jamais esqueci da demonstração de controle de dinâmica que ele fez em uma musica. Fantástico!

Mas, pensando nos demais instrumentos da “cozinha”, sei que o metrônomo deveria ser um instrumento de “educação” para todos.

Quem estuda musica clássica vê muitas vezes no cantinho da partitura o valor da semínima, que em a ver com o uso do metrônomo!

Como foi bem falado, hoje existem muitas espécies de metrônomos para todos os gostos.

Creio sim que a contagem do tempo na “orelha” o tempo inteiro complica um pouco a interpretação; o musico tem que conseguir colocar o metrônomo no ” fundo da alma” , “guardá-lo na memória, mas “esquecê-lo” ao mesmo tempo para interpretar com liberdade.

Há uma outra possibilidade que recentemente usamos em uma gravação que fizemos na Inglaterra: se o final da musica é ralentando, o metrônomo pode ser desligado para esses últimos compassos…é uma possibilidade Outra coisa: quando se grava um DVD a necessidade do clic é maior pois coordena imagem e som.

Na gravação do cd, a não ser que não seja uma grande “viagem” perdendo o tempo, a interpretação e o “human feeling” como chamam, pode trazer um tom de “humanidade” a musica, não dando a sensação de quantização !

Recomendo o metrônomo: para músicos jovens e velhos… se não conseguir usá-lo, bem, não conte pra ninguém e vai em frente!

Gerson Ortega

Fonte: www.gersonortega.com.br

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