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23 de fevereiro de 2016Costumo dizer que se existe uma forma exata de se escrever música, é através da partitura musical. Sei que podemos ler cifras ou tablaturas, mas tanto uma quanto outra não expressam a exatidão das informações contidas numa obra musical. Ambas são válidas e excelentes auxiliares no dia a dia de um músico, porém quando precisamos dirimir dúvidas com exatidão, a partitura é o “tira-teima”.
Quero com este artigo ventilar um pouco sobre a questão, mesmo porque é muito difícil ensinar leitura musical através de um texto na internet, mas viso ao menos trazer algumas noções sobre o contexto musical geral de uma partitura. Para tanto, gostaria que você eliminasse de sua mente os bloqueios com relação à questão. Vejamos os pontos mais interessantes:
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Dificuldade
Partitura NÃO é a coisa mais complicada do mundo, NÃO é um “monte de formiguinhas andando numa folha branca” e muito menos existe para complicar sua vida. A idéia era que tivéssemos que “adivinhar” ou “arriscar” o mínimo possível, e por isso, ela coloca as coisas exatamente como são. Se conseguirmos entender alguns aspectos básicos de leitura já podemos entender e decifrar uma partitura, como veremos logo mais.
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Criatividade
Existem vários tipos de partitura musical e entre eles, existe a pauta dupla, com duas claves, que é a escrita para piano erudito, por exemplo, e outros tipos como as de violão erudito. Estas partituras escrevem exatamente o que o músico deve tocar, sem pôr nem tirar. Isto pode ser visto de duas formas; numa delas, pode limitar a criatividade do executante, quando ele não precisa pensar muito no que está fazendo, basta ter o “adestramento” musical necessário e ele será capaz de tocar qualquer coisa bonita, mesmo que isso não esteja saindo de dentro dele, mas de dentro da pessoa que escreveu o arranjo. Se ele for virtuoso, executará canções maravilhosas, mas em alguns casos, se pedirmos pra ele tocar qualquer coisa que não esteja numa partitura, ele não sabe nem como começar. Outra forma de ver isso é como arsenal de idéias. Eu particularmente tenho experimentado isso. Estudei piano erudito por seis anos, e depois passei a tocar o chamado “piano popular”, lendo cifras e indo por este caminho. Depois de muito tempo tocando teclado, peguei algumas peças eruditas pra tocar e fiquei impressionada com a riqueza contida ali. Pela primeira vez eu entendi o que estava tocando, foi muito interessante discernir os acordes de tensão e resolução, as cadências e progressões tão coerentemente elaboradas. Observei a distribuição dos acordes, as idéias de expressão, as dinâmicas e a sonoridade peculiar de cada trecho e percebi a pobreza daquilo que eu definia como “tocar bem”. Vi então que um músico completo é aquele que domina as duas coisas, o tocar lendo e, principalmente, entendendo o que está tocando. Vai aí uma advertência aos músicos eruditos – procurem estudar harmonia. Pensem o seguinte: Os dois lados da moeda compõem uma moeda inteira. Ninguém compra nada com um lado só da moeda, certo? Estudem mais profundamente cada acorde, cada compasso musical, aprendam a analisar harmonicamente cada trecho, e isso porque, quando pode-se entender a função de cada acorde, entender-se-á o que o compositor quis dizer, num idioma musical, e o que ele sentiu ou quis passar para o ouvinte. Certamente tudo fará mais sentido e facilitará o estudo. Já quanto aos que tocam apenas acordes… não custa nada ampliar, não é mesmo?
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[…] ler ao mesmo tempo o poema escrito? É exatamente assim, se você e o seu grupo aprendem a ler partitura. Mesmo que haja uma pequena noção no grupo, de quando as notas estão subindo ou descendo, se […]
[…] cada exemplo, a fim de facilitar a compreensão do ouvinte pouco familiarizado com a linguagem das partituras – um diferencial que tornará esta obra ainda mais acessível a todos os […]