Sucesso Fake – A doença da popularidade a qualquer preço

popularidade

Tomei conhecimento de uma matéria do G1 sobre o SUCESSO FAKE no meio da música mundial. Não vou discorrer sobre o assunto da matéria, mas quero fazer uma reflexão sobre essa “doença da popularidade a qualquer preço” e como isso pode afetar o meio da música cristã. Escrevo esse artigo para aqueles que entendem que Deus deu o dom da música para que ele seja usado como uma ferramenta para cumprir uma missão.

O som que alimenta

Tempos atrás escrevi um artigo sobre O SOM QUE ALIMENTA, nele eu falo que a música cristã pode ter uma função de entretenimento e diversão apenas, ou ocupar o que para mim é a sua função primordial que é de ser um canal de Deus para encher as pessoas com o Seu Espírito Santo, ou seja, ser um SOM QUE ALIMENTA. O texto de Ef 5:18 nos ensina que uma das maneiras de sermos cheios do Espírito Santo é através de hinos, salmos e cânticos espirituais. Para mim é impossível conseguir as duas coisas ao mesmo tempo. Divertir e alimentar são funções distintas e não têm o mesmo DNA.

“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito.”

Efésios 5:18

Para trabalhar a música como diversão é preciso primeiro construir um produto que visa tocar apenas nas emoções de um público alvo. Para isso é preciso um aparato de produção que vai desde a concepção de um perfil do artista, até a definição do conteúdo e quais as ênfases que serão dadas. Não importa o testemunho cristão da pessoa e nem se Deus fará ou não algo através dessa canção, porque esse não é o objetivo final. Nesse caso os dados estatísticos digitais verdadeiros são ótimos direcionadores.

A canção como alimento espiritual

Para usar as canções como canal de alimento espiritual conforme o texto bíblico nos instrui, temos que agir quase que de forma inversa. É preciso ter uma dependência total de Deus e ser super sensível para fazer apenas o que Ele quer de nós e nada mais. A escala para se medir a grandeza de alguém no Reino de Deus é diferente da escala humana. Não faltam ensinamentos bíblicos sobre isso: 1 Pe 5:6 “ Sendo assim, humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que Ele vos exalte no tempo certo”, Mat 5:17 e 19 “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir “ e “qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.”

A razão desses versículos é que o mensageiro é alguém com menor importância e a mensagem e de quem ela vem (Deus) são realmente os pontos que importam. A grandeza no Reino está em ser fiel a palavra de Deus e levá-la adiante sem distorções.

Mundo digital: precisamos saber usar esses meios

O mundo digital é incrível pelas possibilidades que ele traz de fazer com que uma mensagem chegue de forma rápida e direta a milhares ou milhões de pessoas quase que instantaneamente. Precisamos usá-lo, e mais do que isso, saber usar esses meios. A publicação pelas plataformas de dados como: quantidade de seguidores, número de views e outros dados estatísticos precisa ser muito bem entendida e assimilada por alguém que deseja cumprir uma missão dada por Deus.

É fácil sermos inoculados com o “veneno da busca da popularidade” através dos números, isso hoje é o pior veneno a que um ministro está exposto. Simplesmente porque essa “doença da busca da popularidade” pode ser a força motriz de suas ações e não mais o que ele entende como sendo o que Deus quer que ele faça ou não. Haverá momentos em que as direções de Deus irão implicar em silêncio, não postar nada, não buscar números ou popularidade. O segundo pior “veneno” é que os números nos induzem a nos compararmos uns com os outros. Podemos até conhecer os números de outros e mesmo aprender com outros, mas nunca nos comparar. Como eu disse acima as escalas de valores que medem a grandeza de alguém no Reino de Deus não são essas que temos aqui na Terra.

Não há nada em secreto que não virá a ser revelado

O ponto de insanidade dessa da “doença da busca da popularidade” é exatamente o que a matéria do G1 denuncia, pessoas buscando o SUCESSO FAKE, pagando por algo que não existe, que não é real. Isso sequer deveria passar pela mente de um cristão, porque sabemos quem é o Pai da mentira, e que não há nada em secreto que não virá a ser revelado.

Eu entendo que podemos usar os dados reais a nosso favor, e de alguma forma entender como podemos ser mais efetivos, mas eles precisam ocupar uma função de informação apenas para nós e não o lugar de senhores de nossas ações.

Fica essa minha palavra de alerta e de cuidado a todos. Encerro com um dos textos bíblicos que precisamos ler, decorar e meditar todo o dia. Se eu pudesse lhes pedir algo pediria exatamente isto:

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional; e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Romanos 12:1-2

Que Deus nos abençoe a todos!

Nelson Tristão

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