United Pursuit – Hidden
21 de setembro de 2015Discipulado: Por quê? Para quê?
28 de setembro de 2015Eu quero que todos os que crêem em Cristo desfrutem ao máximo do fato de serem amados por Deus. E eu quero que Deus seja engrandecido ao máximo por nos amar como ele ama. É por isso que é importante para mim o que Jesus realmente realizou por nós quando ele morreu.
Existe uma maneira comum de pensar sobre a morte de Cristo que deprecia a nossa experiência do seu amor. Trata-se de pensar que a morte de Cristo não expressou mais amor por mim do que por qualquer outra pessoa na raça humana. Se você pensa no amor de Deus por você através da morte de Jesus dessa maneira, você não vai desfrutar de ser amado por Deus tanto quanto você realmente é.
Sentindo-se Especialmente Amado por Deus
Eu me pergunto se você já se sentiu especialmente amado por Deus por causa de Efésios 2.4-5? “Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas transgressões, nos vivificou juntamente com Cristo”.
Seis coisas se destacam aqui em Efésios 2.4-5.
1. O termo “grande amor”.
“Por causa do grande amor com que nos amou”. Este termo é usado somente no Novo Testamento. Pense nisso. Deus ama os seus com um “grande amor”. Certamente Paulo escreve esta passagem para que nós possamos nos deleitar em sermos amados grandemente.
2. A grandeza peculiar deste amor que move Deus a “nos vivificar”.
“Por causa do grande amor com que nos amou, Deus nos vivificou.” Seu grande amor é a causa da nossa vida. A nossa vida não causou a grandeza do seu amor por nós. É o contrário. A grandeza do seu amor nos vivificou.
3. Antes dele nos vivificar, nós estávamos “mortos”.
“Ainda quando estávamos mortos em nossas transgressões, Deus nos vivificou.” Existe a possibilidade de vivermos enquanto mortos. Jesus disse, “Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos” (Lucas 9.60). Antes que Deus nos vivificasse, nós vivíamos mortos.
Nós podíamos respirar, pensar, sentir e querer. Mas nós estávamos espiritualmente mortos. Estávamos cegos para a glória de Cristo (2Coríntios 4.3-4); tínhamos o coração endurecido para a sua lei e não podíamos nos sujeitar a ele (Efésios 4.18, Romanos 8.7-8), e nós não éramos capazes de discernir as coisas espirituais (1 Coríntios 2.14). Somente Deus poderia superar o nosso estado de morte para que pudéssemos ver a glória de Cristo e crer (2 Coríntios 4.6). É isso o que ele fez quando ele “nos vivificou” (Efésios 2.5).
4. Deus não vivifica a todos.
O que ocorreu com você para trazê-lo à fé, não acontece a todos. E lembre-se, você não merece ser vivificado. Você estava morto. Você era “por natureza um filho da ira, como o resto da humanidade” (Efésios 2.03). Você não fez nada para convencer Deus a torná-lo vivo. Isso é o que significa estar morto.
5. Portanto, o grande amor de Deus por você é realmente por você, especialmente por você.
Não é simplesmente um amor comum por todos. Caso contrário, todos seriam espiritualmente vivos. Ele escolheu especificamente você para ser vivificado. Você não merecia viver mais do que qualquer outra pessoa. Mas, por razões insondáveis, ele estabeleceu seu grande amor especialmente em você.
6. Ele não foi injusto com ninguém. Pois ninguém merece ser salvo.
Ninguém merece ser vivificado. Todos nós pecamos e merecemos a morte (Romanos 3.23; 6.23). Ele poderia ter deixado todos nós no estado de morte durante a nossa rebelião, e ainda assim não teria feito nada de errado.
Mas se você já viu a sabedoria da sua cruz, e confiou em sua promessa, e apreciou a sua glória, ele o fez vivo. Ao contrário de muitos outros, não mais mortos do que você, você foi grandemente amado.
O Amor Especial da Nova Aliança
Agora veja a conexão com a morte de Cristo. Quando Jesus morreu, ele nos garantiu a remoção do nosso estado de morte, e nos comprou o dom da vida e da fé. Em outras palavras, “o grande amor” de Deus pôde nos vivificar, porque em Cristo, este mesmo grande amor proporcionou a punição para todos os nossos pecados e a provisão de toda a nossa justiça.
Nós sabemos disso porque Jesus disse na Última Ceia: “Este cálice que é derramado por vós é a nova aliança no meu sangue” (Lucas 22.20). O sangue de Jesus é o preço que Deus pagou para estabelecer a nova aliança. E a nova aliança, na sua essência, é Deus garantindo, através do sangue de Jesus, corações vivos para pecadores mortos.
“Farei uma nova aliança. . . . eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados” (Jeremias 31.31, 34). “Retirarei deles o coração de pedra e lhes darei um coração de carne” (Ezequiel 11.19). “Porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos” (Ezequiel 36.27).
Jesus Comprou a Ativação
Isto é o que Jesus comprou para nós quando ele morreu. E é isso que o grande amor de Deus fez por nós quando ele nos deu vida em Cristo Jesus. Portanto, o propósito específico de Deus na morte de Jesus não foi o mesmo para todos. O grande amor de Deus por você, mostrado na morte de Jesus, foi a compra da sua fé quando você estava morto.
Ele não se limitou a comprar a possibilidade de viver que você então teria que ativar. Pessoas mortas não podem ativar. O que ele comprou foi a ativação. Cristo não comprou a possibilidade para que você possa levantar-se dos mortos. Ele comprou sua ressurreição. Por causa de um grande amor por você, em especial.
Sinta a Grandeza do Seu Amor por Você
Então quando Efésios 2.4-5 diz: “Por causa do grande amor com que nos amou, Deus nos deu vida”, e Lucas 22.20 diz que o sangue de Jesus estabelece a nova aliança, e Ezequiel 11.19 diz que na nova aliança Deus nos dá um coração vivo, nós sabemos que o derramamento do sangue de Jesus foi uma expressão do grande amor que nos deu vida.
Qualquer outra coisa que a morte de Cristo faz, ou é, não é menos do que isso. E é isso que eu quero que cada cristão aprecie. O grande amor que Deus tem por você não é o mesmo amor que ele tem por toda a raça humana. O amor que Deus tem por você o moveu a torná-lo vivo quando você não podia fazer nada para tornar-se vivo. E esse mesmo amor o levou a comprar a sua vida com a morte de seu Filho.
Portanto, quando você disser com o apóstolo Paulo: “Ele me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2.20), sinta a grandeza das palavras “Ele me amou”. Ele me amou.